Desde o início da pandemia em março de 2020, tem-se notado cada vez mais a importância da saúde mental no âmbito pessoal e profissional.
Apesar do fato de que mais de 16,8 bilhões de dólares são perdidos anualmente devido à falta de produtividade dos colaboradores, a saúde mental no trabalho ainda é um tabu. Uma realidade é que, quase 60% dos funcionários raramente falam sobre seus problemas e dificuldades no trabalho de acordo com pesquisas americanas.
Apesar dessas estatísticas, mais de 86% das pessoas acreditam que uma empresa deve apoiar a saúde mental de seus colaboradores. Quando há essa abertura, a cultura transforma o lugar fazendo-o ser mais aberto e receptivo e consequentemente mais empático com as dores de seus colaboradores o que por conseguinte, aumenta a produtividade e lucros da empresa.
Todos esses fatores têm sido decisivos para a visão do mercado de trabalho para as pessoas mais novas que estão ingressando agora nesse meio, principalmente os jovens da geração Z, que chegam cada vez mais digitais e sociais.
As dificuldades de encontrar oportunidades em que eles consigam desempenhar papéis significativos e ter uma empresa com uma cultura que trate saúde mental como uma de suas prioridades é um grande desafio.
Nesse texto vamos discutir um pouco sobre a influência dessa geração na cultura corporativa e a exigência de um ambiente de trabalho mais acolhedor e inclusivo.
O ingresso da geração conectada no mercado de trabalho
Os jovens nascidos a partir do final da década dos anos 90 nasceram e cresceram imersos na tecnologia moderna e estão sempre preparados para novidades em suas respectivas áreas.
Apesar disso, a integração desses jovens no mercado de trabalho tem sido cada vez mais difícil, visto que há novos desafios, principalmente relacionados ao começo de suas carreiras que identificam certos atritos e diferenças entre eles e outras gerações.
Antigamente, os primeiros empregos eram caracterizados por serem repetitivos e exigir conhecimentos básicos. Hoje, esse cenário mudou visto que funções que exigem habilidades altamente cognitivas cresceu 60%, enquanto as que exigiam ações repetitivas diminuíram 12% de acordo com o economista Robert Gordon.
Nesse mesmo estudo, 37% dos entrevistados afirmam ter certas preocupações a respeito da tecnologia no sentido de poder diminuir sua capacidade de manter relações interpessoais e sociais, principalmente no contexto da pandemia que restringiu todo esse tipo de contato.
Apesar de todos esses estudos, é necessário que as empresas não caiam na generalização de “jovens conectados”. Por isso, há uma grande importância em compreender as características e contexto que fazem com que os jovens da geração Z sejam capazes de entender várias referências de variadas fontes de informação, integrando experiências online e offline. Essa geração que chega ao trabalho tem pontos positivos, mesmo com tantos receios e desafios.
Entendendo o perfil dessa geração nas empresas
Por ser uma geração tecnológica, que cresceu no meio de celulares, tablets e computadores, ainda há muito receio de empresas maiores contratarem esses nativos digitais por medo do choque cultural de gerações.
No entanto, é de suma importância que pessoas em cargos mais altos entendam que a criatividade, dinamismo e interatividade são qualidades inerentes a esse grupo e podem ser de grande valia para a empresa, aumentando o ânimo e produtividade na empresa, expandindo assim seu crescimento.
Além desses fatos, as características mais marcantes da geração Z no mercado de trabalho são a vontade e a disposição para gerar impacto e crescimento. É visível que esses profissionais não buscam apenas um emprego e status social, eles se preocupam muito em encontrar uma empresa que ofereça um emprego que esteja alinhado com seus objetivos, valores pessoais e que tenha uma cultura participativa e que cuide de seus colaboradores.
Para esses profissionais, a estabilidade financeira e um grande plano de carreira não são seus únicos objetivos e sim encontrar uma empresa na qual os permite serem o que são, trabalhar com o que gostam, melhorando cada dia mais suas qualificações e qualidades — como também lutando pelo que acreditam.
Confira quais são as características empresariais que se destacam para esses profissionais:
A cultura corporativa importa para a Geração Z
Reter esses profissionais que podem ter muitas características positivas, como também negativas, requer paciência, visto que esses jovens estão entrando agora na vida adulta, lidando com frustrações políticas e profissionais.
Por isso, comece a mostrar os valores da sua empresa desde o momento de atração desses profissionais. O ideal é investir na divulgação dessas vagas, mostrando os diferenciais do seu negócio, seu impacto no mundo e sua cultura organizacional. Todos esses fatores têm um peso muito grande na escolha de um emprego para o jovem da geração Z.
Esses profissionais, além de tudo, buscam líderes que sejam bons na resolução de conflitos e que deem um direcionamento firme e específico em seus objetivos. Essa geração não se sente bem ao ser chefiada e acuada no ambiente de trabalho, buscam pela autonomia e crescimento pessoal e profissional.
Em síntese, estruturar um ambiente de trabalho criativo e favorável ao crescimento, com uma cultura organizacional positiva é o que mais atrai e retém novos talentos nas novas vagas de trabalho. Esses fatores não se tratam de insubordinação e sim de incentivo a proatividade, produtividade e busca por soluções inovadoras que beneficiam sua empresa.
Além disso, esses profissionais também buscam outras características, tais como:
- Horários flexíveis
- Bônus por competências
- Plano de saúde
- Gympass ou auxílio-creche
- Trabalho voluntário durante o expediente
O que a pandemia causou na geração Z
Apesar de todas as qualidades que esses profissionais podem oferecer, a pandemia causou várias dificuldades e diversas dores emocionais. Questões econômicas e políticas trouxeram para a vida desses jovens desafios na vida profissional, que logo na sua entrada ao mercado de trabalho sofrem as consequências econômicas de uma epidemia global.
Na Austrália, por exemplo, o desemprego entre jovens de 15 a 24 anos subiu para 16,1%, em comparação com cerca de 5,5% para pessoas com mais de 25 anos. A crise que a pandemia trouxe expõe o impacto de uma crise que afeta diretamente os millennials e a geração Z.
Além do aspecto financeiro, a questão mental está presente e cada vez mais forte nessa nova geração, tanto no aspecto pessoal quanto no profissional. Esses profissionais têm se sentido cada vez mais ansiosos, estressados e desesperançosos do que os profissionais mais velhos e que têm “mais tempo de casa”.
Estudos feitos evidenciam que a pandemia tem afetado diretamente a saúde mental, contando com 37% das empresas registrando aumento de doenças psiquiátricas nos últimos meses.
Continuando com os dados dessa pesquisa, 45% da geração Z, de nascidos entre 1998 e 2010, disseram estar se sentindo mais ansiosos. Entre os Millennials, nascidos entre 1977 e 1997, esse índice foi de 36%, enquanto para os da Geração X, com nascidos entre 1965 e 1976, foi de 23%.
Quais os reflexos da pandemia nas empresas
A forma para diminuir os impactos da pandemia na saúde mental nas empresas é criar uma cultura organizacional que seja aberta a escutar e discutir sobre esses problemas de forma mais simples.
Para lidar com as questões ligadas a produtividade, estresse, síndromes do burnout, turnover, ansiedade e todas essas questões que vieram fortemente junto com a pandemia, a melhor forma para solucionar é instaurar nas empresas meios para lidar com esses problemas por meio de suporte psicológico e físico.
A Holos oferece terapias holísticas, contando com yoga, meditação, reiki, terapias e muito mais como solução para todos esses problemas que a pandemia trouxe. Não somente pela pandemia, mas o cuidado com a saúde mental dos colaboradores de uma organização deve sempre ser prioridade, visto que só é possível crescer junto a eles. Cuide da saúde mental da sua equipe, nós podemos te ajudar!