O sucesso e o crescimento de uma empresa podem ser diretamente impactados pela alta rotatividade de funcionários. Isso gera grande preocupação para os responsáveis pela gestão de pessoas, pois na maioria dos casos resulta em prejuízos financeiros e outros efeitos indesejáveis para a empresa como um todo.
No meio corporativo, portanto, passou-se a analisar a retenção de talentos através da chamada taxa de turnover. Através dela, é possível entender se a saída de funcionários está dentro de um número aceitável para a corporação ou se é um fator que pode estar estagnando o crescimento do negócio.
Nesse artigo, iremos explicar com mais detalhes o que é o turnover, como ele acontece e como contorná-lo de forma eficiente para preservar a saúde da organização.
O que é Turnover?
O turnover é um indicador-chave utilizado para mensurar a taxa de rotatividade dos funcionários nas empresas. Ele é calculado a partir do número de pessoas que trabalharam na organização durante um determinado período, em comparação com o número de pessoas que se desligaram.
Portanto, o cálculo da porcentagem de turnover de uma empresa é feito da seguinte forma:
(número de funcionários que se desligaram / total de funcionários no período) x 100 = turnover (%)
O percentual saudável de turnover para uma empresa dependerá de muitos fatores, mas é ideal que este número não exceda o marco de 8%. Isso porque números muito elevados de turnover impactam em custos adicionais para a organização, além de impactos negativos no corpo de funcionários que permanece ativo.
Sendo assim, reduzir a taxa de turnover e mantê-la em patamares reduzidos deve ser uma prioridade da gestão da empresa, bem como dos profissionais de RH.
Como ele impacta a organização
Algumas vezes, a substituição de um colaborador pode ser benéfica à empresa. Isso porque, nesses casos, o profissional não se encontra alinhado com a proposta e cultura da organização, apresenta rendimentos insatisfatórios, entre outros motivos que tornam sua permanência na empresa negativa para ele e para o negócio. Entretanto, essa não é a realidade da maioria dos casos.
O que acontece na maior parte das vezes, então, é a perda de talentos. Isso porque eles saem da empresa levando conhecimento adquirido, gerando gastos referentes ao desligamento (e a novos processos de recrutamento).
Além disso, um alto número de demissões — voluntárias ou não —prejudica o clima organizacional e sobrecarregando o corpo reduzido de funcionários que permanece. Sendo assim, é importante implementar ações que amenizem as consequências negativas do turnover nas empresas, assim como trabalhar estrategicamente para reduzir essa taxa.
O que causa o turnover?
O turnover pode ser ocasionado por diferentes fatores, estando eles sob o controle da organização ou não. No que tange causas controláveis, é importante que exista um mapeamento por parte dos gestores e se pense em planos de ação para reduzi-lo.
Alguns fatores (controláveis e semi-controláveis) que podem causar um aumento indesejado no índice de turnover, portanto, podem ser os seguintes:
- remuneração abaixo da média do mercado;
- clima organizacional insatisfatório;
- sentimento de desvalorização profissional;
- sentimento de estagnação profissional;
- falta de empatia e descaso com a saúde mental do colaborador;
- má comunicação interna;
- despreparo de líderes e gestores;
- conflitos relacionados à comunicação;
- sobrecarga de funções;
- desalinhamento de perfis profissionais com suas funções.
Sabendo as causas e identificando-as dentro da empresa, é possível implementar ações específicas que ajudarão a contorná-las e, assim, melhorar a qualidade de retenção de colaboradores na empresa.
Como diminuir o Turnover?
A melhor maneira de diminuir o turnover é mapeando as principais causas do problema dentro do contexto da organização e desenvolvendo estratégias envolvendo, principalmente, a gestão de pessoas. Uma boa gestão, que se mantém sustentável a longo prazo, tem como base a aplicação de empatia e boa comunicação.
Liderança assertiva e desenvolvimento técnico
É importante que exista uma comunicação clara entre todos da empresa, não violenta, aliada a um bom preparo das lideranças. Liderar pelo exemplo e ser responsável pelo desenvolvimento do time, por exemplo, são pontos essenciais para evitar o sentimento de descaso, estagnação profissional e insatisfação com a gestão.
Conforme uma pesquisa feita pela Gallup, 87% dos millenials afirmam que o crescimento na carreira profissional e as oportunidades de desenvolvimento são importantes no trabalho. Em adição, 69% dos não-millennials afirmam o mesmo.
Portanto, oferecer treinamentos, participação em eventos, desenvolvimento pessoal e profissional podem ajudar a aumentar os níveis de satisfação quanto à evolução do colaborador. Isso traz motivação para querer continuar na empresa, visto que ela agrega positivamente à carreira.
Sentimento de valorização
Para que um talento queira permanecer em uma empresa, é importante que ele se sinta valorizado. Respeito, empatia e uma boa convivência, portanto, são a base de tudo.
Sendo assim, desenvolver a inteligência emocional dos líderes e colaboradores, assim como implementar ações que tragam um clima mais agradável ao ambiente de trabalho, podem ser de grande impacto.
Além disso, para que os funcionários se sintam mais valorizados, algumas empresas aplicam políticas de benefícios adicionais. Através do endomarketing, elas fortalecem sua marca empregadora proporcionando bonificações, presentes por reconhecimento, parcerias que tragam vantagens ao colaborador, entre outras ações.
Remuneração
Outro ponto que impacta diretamente no sentimento de valorização de um funcionário é a remuneração. Diante da oferta e procura por profissionais em determinadas áreas, é importante que a empresa se atente à média salarial de cada cargo e se adapte a ela, na medida do possível.
Assim, as chances de perder um bom colaborador para a concorrência é reduzida, visto que a remuneração oferecida aos funcionários é percebida como satisfatória e justa.
Saúde mental
Evitar a sobrecarga de tarefas em funcionários também é de extrema importância. Um colaborador que está exposto a altos níveis de estresse e exaustão, por exemplo, pode adoecer psicologicamente — desenvolvendo mazela como a síndrome de Burnout.
Além de impactar negativamente na produtividade e bem-estar do colaborador, estar sobrecarregado pode levar ao seu desligamento voluntário. Sendo assim, muitas empresas já vêm implementando ações que preservem a saúde mental do seu corpo de funcionários.
São aplicados, então, no ambiente corporativo, terapias holísticas, atendimentos com psicólogos, exercícios físicos entre outras soluções que possam auxiliar na redução de estresse e no aumento da satisfação do colaborador com sua posição na empresa.
Confiança e transparência
Transparência é crucial — não só para a retenção dos funcionários, mas para a saúde organizacional como um todo. Uma pesquisa feita pela TINYpulse revelou que a transparência é o fator número um ao determinar a felicidade dos funcionários.
Chad Halvorson, CEO da empresa When I Work, afirma: “Muitas vezes as pessoas sentem que não podem se expressar de verdade por medo de constrangimento ou represália – mesmo com políticas de comunicação aberta em vigor. Em vez disso, os gerentes e empregadores precisam criar ativamente um relacionamento aberto com os funcionários.”
Ser transparente, no entanto, não significa compartilhar informações confidenciais e sensíveis da empresa. Trata-se, apenas, de deixar os funcionários cientes dos objetivos da organização, potenciais riscos, fornecer feedbacks para entenderem sua própria situação e outras atitudes que fortaleçam o laço de confiança entre os funcionários e os gestores.
Recrutamento, seleção e desligamentos
Para que um colaborador permaneça a longo prazo em uma empresa, é necessário que a posição ocupada por ele esteja alinhada com suas expectativas e especialidades. Sendo assim, é de extrema importância que o RH saiba contratar as pessoas certas para os cargos certos.
Portanto, entender bem o escopo da vaga, o perfil adequado para ela e investir em tecnologias que ajudem a mapear se o profissional está alinhado para desempenhar o cargo oferecido são de extrema importância.
Além disso, realizar entrevistas de desligamento para entender os motivos que levaram os colaboradores a quererem sair da empresa podem trazer grandes insights. Compreender os motivos que fizeram com que trabalhar ali deixasse de ser interessante para o funcionário traz percepções que estimulam a gestão a agir de formas diferentes nas próximas oportunidades.
Reter funcionários é muito mais barato e saudável do que lidar com altos números de rotatividade. Sendo assim, que tal avaliar a saúde da retenção dos funcionários na sua empresa? Já pensou em implementar alguma estratégia?
Implementar ações que entreguem mais bem-estar, saúde mental e melhoria na qualidade de vida dos funcionários já é uma prioridade de empresas de referência no mercado, como Unimed, Anglo American e Cemig. Conheça a Holos e entenda como ela ajuda essas empresas a melhorar a produtividade e motivação do seu corpo de funcionários através da aprimoração da saúde física e mental!