Inteligência emocional durante a pandemia

Durante um período tão conturbado de pandemia, temos que “nos desdobrar” para cuidar de nossa saúde mental e emocional. Por isso, tem se tornado cada vez mais necessário trabalhar a própria Inteligência Emocional.

O ser humano busca previsibilidade da sua vida, de modo que ele consiga se manter centrado e focado em seus objetivos. Assim, ele consegue se manter focado em suas prioridades e nas ideologias coerentes ao seu contexto.

Todos nós estamos sendo afetados pela pandemia de alguma forma, seja financeiramente, psicologicamente ou socialmente. E, quando falamos sobre o meio social, não podemos deixar de associar ao nosso atual contexto de isolamento.

É inevitável sermos submetidos a uma quarentena durante uma pandemia dessa magnitude e também é, nesse contexto, que ficamos mais propensos a abalos psicológicos e emocionais (como o afloramento da depressão e da ansiedade).

Devemos focar, então, nossos esforços em trabalhar a mente e entender que há muitas coisas que não estão dentro do nosso controle. Essa crise, inclusive, veio para nos mostrar que poucas coisas estão, realmente, no nosso controle, mas o que está deve ser priorizado, cuidado e zelado.

Uma das coisas que estão no seu controle é a decisão de trabalhar sua inteligência emocional.

Tenho certeza que você já ouviu falar sobre isso em algum lugar, mas você sabe exatamente o que significa? Nos acompanhe que, através desse texto, te ajudaremos a entender um pouquinho mais sobre o tema.

O que é inteligência emocional?

Inteligência emocional é a capacidade individual de reconhecer as próprias emoções, assim como reconhecer as emoções do outro. Além disso, é saber gerenciar essas emoções, tanto internamente quanto externamente, nos próprios relacionamentos.

O indivíduo que possui inteligência emocional bem desenvolvida não se deixa dominar pelas próprias emoções, como tristeza, amargura, raiva, etc. Ele as sente, mas sabe como lidar com elas sem que causem impactos negativos.

Todas as nossas decisões são diretamente influenciadas pela nossa inteligência emocional. Isso, porque somos sempre submetidos a pressões constantes e, se não sabermos gerenciar as nossas emoções de maneira saudável, podemos desenvolver sentimentos destrutivos — como insegurança — e criar relacionamentos tóxicos com as outras pessoas.

Características de pessoas emocionalmente maduras

Existem diversas características psicológicas e comportamentais que são evidentes numa pessoa com inteligência emocional bem desenvolvida, ou seja, emocionalmente madura. Trouxemos, portanto, uma lista com as principais. Confira!

Autoconhecimento

O autoconhecimento pode ser considerado um dos maiores pilares de uma inteligência emocional bem estruturada. 

É através do reconhecimento das nossas próprias emoções que conseguimos pensar com mais clareza e, também, podemos enxergar melhor nossas falhas e preconceitos para com o outro. 

O autoconhecimento nos fornece a capacidade de tratar o próximo com mais tolerância e, dessa forma, não nos levamos pelas nossas próprias opiniões e preconceitos.

É através do autoconhecimento, também, que podemos ser mais assertivos e empáticos com o outro, o que torna qualquer relacionamento mais saudável e harmonioso.

Responsabilidade 

A maturidade emocional está totalmente atrelada à responsabilidade assumida diante dos próprios atos. Pessoas irresponsáveis, normalmente, não admitem quando estão erradas e não enfrentam as consequências de seus próprios erros de forma digna. Muitas vezes, elas entram em negação de qualquer ato e até tentam projetar o próprio sentimento de culpa no outro.

Empatia 

A empatia constitui um dos traços importantes da maturidade emocional, pois demonstra compreensão, compromisso e respeito pelo próximo. Empatas são pessoas desapegadas do ego e que se preocupam com as emoções alheias.

Flexibilidade 

A flexibilidade é uma característica fundamental para as pessoas emocionalmente inteligentes. Pessoas com essa característica compreendem que nem tudo que for planejado será, de fato, concretizado. Elas são capazes de fazer concessões, especialmente quando alguma situação envolve outra pessoa.

A paciência dessas pessoas também é bastante evidente e muito bem trabalhada. Esses indivíduos, portanto, são capazes de se manterem calmos durante situações que envolvam mudanças repentinas ou tomadas de decisões importantes.

Apesar dessas serem características importantes, a principal característica de uma pessoa emocionalmente inteligente é que ela utiliza a Comunicação Não-Violenta (CNV).

A comunicação interpessoal no ambiente de trabalho é extremamente importante e deve ser levada em consideração quando estamos interagindo com outras pessoas, seja numa reunião, em uma conversa sobre assuntos de trabalho ou despretensiosamente.

Comunicação Não-Violenta (CNV)

A Comunicação Não-Violenta propõe o diálogo como método de transmissão de informação de maneira clara, leve e assertiva, ajudando, dessa forma, a construir relações de confiança no ambiente de trabalho.

Essa técnica foi desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg e possibilita uma escuta respeitosa, trazendo à tona emoções e necessidades que estão por trás de uma mensagem.

Trata-se de uma prática que nos permite criar uma conexão genuína com as pessoas. Assim, a CNV é composta por quatro etapas. Veja elas a seguir.

1- Observe sem julgar

Primeiramente, é necessário observar o que está acontecendo em determinado contexto. Além disso, o psicólogo sugere questionar se a mensagem que está sendo recebida tem algo a acrescentar positivamente. 

O segredo é fazer essa observação sem, necessariamente, julgar o locutor.

2- Nomeie os seus sentimentos

Após a observação, faz-se necessário entender qual sentimento essa situação desperta em você. É importante ter em mente qual o sentimento vigente, como, por exemplo, medo, insegurança, mágoa, raiva, felicidade, etc. Rosenberg afirma, ainda, que é importante se permitir ser vulnerável para resolver os conflitos e separar o que se sente do que se pensa.

Um exemplo de Comunicação Não-Violenta é: “Quando você se atrasa, eu me sinto irritado”. Dessa forma, o locutor deixa bem claro o que ele sente para o receptor da mensagem sem, necessariamente, inferir motivos julgadores sobre o atraso que o fez se sentir mal.

3- Expresse suas necessidades

Deve-se compreender quais necessidades estão ligadas aos seus sentimentos, como confiança, respeito, aceitação, etc. E, ao entender o que te faria se sentir melhor, expor isso para a outra pessoa. Dessa forma, ela consegue corrigir o ato que te fere e que, muitas vezes, faz sem perceber.

Exemplo: “Quando você se atrasa, eu me sinto irritado. Eu me sentiria mais respeitado se você não se atrasasse”.

4- Faça pedidos objetivos

No final do diálogo, faça pedidos claros e diretos para que suas necessidades sejam atendidas. Certifique-se, também, de que a pessoa entendeu seu pedido.

Por exemplo: “Quando você se atrasa, eu me sinto irritado. Me sentiria mais respeitado se você não se atrasasse. Gostaria, então, que você chegasse no horário das próximas vezes”. 

As pessoas que praticam esse tipo de comunicação costumam ter, inclusive, vantagens competitivas no mercado de trabalho. Isso porque trazem competências fundamentais para conviver e trabalhar em equipe, se expressando com transparência e analisando as situações com imparcialidade. Elas, também, costumam trabalhar bem em equipe e se relacionam com os outros de forma empática.

Se você gostou deste artigo, que tal buscar entender um pouco mais sobre métodos que ajudam a ter clareza mental para amadurecer a sua própria inteligência emocional? 

Esperamos que a leitura deste artigo tenha te ajudado. Mas, ei, antes de ir embora, dê uma olhada no nosso artigo sobre meditação e aprenda como conciliar a meditação e o amadurecimento emocional na sua vida!

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